Em parceria com shopping da região, 6º Batalhão da Polícia Militar acompanha imagens de quatro câmeras de segurança em áreas estratégicas para a corporação
Policial militar monitora câmeras de segurança que ficam fixadas nos quatro extremos da área externa do Conjunto Nacional. Foto: Andre Borges.
Quem passa pela área central do Plano Piloto talvez não imagine o quanto ela é vigiada. Com câmeras de vídeo espalhadas por locais estratégicos, como a Rodoviária do Plano Piloto, o 6° Batalhão de Polícia Militar consegue acompanhar a movimentação nas áreas mais sensíveis de sua jurisdição. Segundo a estimativa da corporação, cerca de 65% das ocorrências que chegam à unidade são por meio do videomonitoramento.
Quatro câmeras fixadas em cada extremidade externa do centro comercial Conjunto Nacional mostram alguns dos principais pontos monitorados, onde a quantidade de registros é mais expressiva. Em uma sala dentro do prédio, policiais militares acompanham diariamente o que ocorre no Setor Bancário Norte, no Setor de Diversões Sul e na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, por exemplo. Com uma aproximação de até 2 quilômetros e rotação de 360 graus, também é possível ver um pedaço da Esplanada dos Ministérios e do Setor de Autarquias Norte.
65%Porcentagem de ocorrências atendidas pelo 6º Batalhão da PM que chegam à unidade por meio de videomonitoramento
As câmeras são do próprio shopping center e não tiveram custo para o governo, assim como a sala que a Polícia Militar ocupa para o monitoramento. A parceria teve início há cerca de cinco anos, foi interrompida em 2013 e retomada em fevereiro deste ano. Desde então, segundo a unidade, foram atendidas 204 ocorrências com o auxílio da tecnologia e houve declínio no número de registros.
Além de auxiliar no combate a crimes como roubo, tráfico e furto, a iniciativa auxilia na organização do trânsito e até na investigação de casos de pessoas desaparecidas. “A Polícia Militar tem buscado ações que demandem menos recursos, mas que garantam mais eficiência, e isso tem se aplicado na procura de parcerias com o setor privado”, resume o capitão Michello Bueno, do Centro de Comunicação Social.
As imagens são acompanhadas por três militares por turno, que, além de acionarem o policiamento no batalhão quando necessário, acompanham o atendimento das ocorrências. “Eles dão suporte aos policiais”, diz o coordenador de policiamento da unidade, tenente Gleymann Rodrigues. Segundo ele, no monitoramento é possível saber com antecedência informações relevantes para a hora da abordagem. “Nós já vamos para a ocorrência sabendo quem abordar, como abordar e até o que vamos encontrar.”
"Nós já vamos para a ocorrência sabendo quem abordar, como abordar e até o que vamos encontrar"Tenente Gleymann Rodrigues, coordenador de Policiamento do 6º Batalhão da PM
A medida também auxilia no planejamento, visto que fica mais fácil checar quais são as áreas exatas com maior número de atitudes suspeitas. Para o tenente, as abordagens ficam mais precisas. “A gente ainda poupa recurso humano, pois um policial consegue acompanhar mais de um lugar ao mesmo tempo e deslocamos os militares apenas para áreas preestabelecidas.”
Outro ganho na visão do coordenador é o fator surpresa. “Muitos imaginam que não estão sendo monitorados, porque não veem a polícia e, quando menos esperam, são abordados.” As imagens registradas também servem de auxílio para outros órgãos, como para a Polícia Civil e o Ministério Público como prova para alguma investigação e para a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) na ordem pública.
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