Indicadores mostram queda nas vendas e leve melhora nos lançamentos dos imóveis

Imóveis novos tiveram alta de 9,4% comparando o mesmo período em 2015. No total foram 50.248 unidades em 2016. Considerando o mês de outubro, foram lançadas 4.108 unidades, o que mostra um aumento de 25,9% em comparação ao volume lançado no mesmo mês de 2015

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Dados das 20 empresas participantes do estudo revelam ainda que as vendas somaram 83.177 unidades até outubro de 2016, queda de 10,7% frente ao volume observado no mesmo período de 2015. Já em outubro deste ano, foram vendidas 7.454 unidades, o que representa uma queda de 2,5% frente às vendas do mesmo mês de 2015. 

De janeiro a outubro deste ano, o estudo mostra também que foram entregues 111.330 unidades, montante 7% superior ao observado na mesma base de 2015. No mês de referência, as entregas totalizaram 8.700 unidades, o que corresponde a uma queda de 6,6% frente ao número de unidades entregues em outubro de 2015.


"Um dos pontos fundamentais para a retomada do setor imobiliário é a continuidade na redução de taxa de juros, o que impacta positivamente os investimentos e o acesso ao crédito pelo comprador", afirma o vice-presidente executivo da Abrainc, Renato Ventura. 

Distratos 

Em relação aos distratos, o estudo mostra que, no acumulado de 2016, o total de distratos foi de 37.702 unidades, patamar 5,8% inferior ao observado até outubro de 2015. Na análise de outubro, foram distratadas 3.562 unidades, o que representa uma queda de 17,3% frente ao número absoluto de distratos contabilizados em outubro de 2015. 

Se considerados os distratos como proporção das vendas por safra de lançamento, as unidades vendidas no primeiro trimestre de 2014 apresentam a taxa de distratos mais elevada da série histórica, com 22,%. 

De acordo com Luiz Fernando Moura, diretor da Abrainc, a questão dos distratos é preocupante, pois gera insegurança jurídica não só para o setor imobiliário, mas para o país. "Além de impactar toda a cadeia produtiva do setor, os distratos prejudicam governos, prestadores de serviços e as indústrias, provocando redução dos empregos e da confiança", ressalta. 

Região Sul 

A região Sul teve 240 unidades lançadas em outubro, tendo a sua participação em 5,8% no total nacional. Foram vendidas 718 unidades, alcançando 9,6% do número vendido no Brasil pelas associadas ABRAINC. 

Em setembro, foram entregues 624 unidades de imóveis no Sul, com 7,2% do total de entregas no Brasil. Os dados mostram ainda que, em outubro, a região tinha 10 mil unidades disponíveis para compra, alcançando a fatia de 8,5% do número nacional. 

Metodologia do estudo 

Os Indicadores ABRAINC-Fipe são elaborados pela Fipe com informações de 20 das 34 associadas da ABRAINC que atuam em todo o país. Dessas 34 empresas, oito ingressaram à entidade em junho deste ano. Com isso, no decorrer dos próximos meses, o estudo deve ganhar a participação dessas associadas para a compilação dos dados. 

O estudo, lançado em agosto de 2015, vem sendo construído pela Fipe desde janeiro de 2014, é o primeiro conjunto de indicadores do setor imobiliário obtidos nacionalmente. 

Para a composição dos Indicadores são consideradas informações sobre lançamentos, vendas, entregas, oferta final e distratos do mercado primário de imóveis residenciais e comerciais. Divulgados mensalmente, os números são referentes ao mês de novembro de 2016. 

Os dados que compõem os Indicadores são fornecidos à Fipe mensalmente pelas empresas associadas à Abrainc. Após compilar os dados, é feita cuidadosa verificação para garantir a consistência das informações e, se for o caso, as empresas são contatadas para eventuais ajustes ou validação. Em seguida, com os dados validados, os Indicadores Abrainc-Fipe são calculados e, posteriormente, disponibilizados.

Edilayne Martins

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