Venda da Iquego é aprovada na Assembleia Legislativa de Goiás

O governador Marconi Perillo (PSDB) conseguiu ontem, na Assembleia Legislativa, enterrar a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), criada por Mauro Borges em 1962, e que já foi um dos melhores laboratórios do mundo

Referência internacional durante os governos do PMDB em produção de medicamentos, a Iquego virou cabide de emprego e foi sucateada nos quatro mandatos de Marconi Perillo. 

O projeto de lei nº 3432/16, que liquidou a Iquego, foi aprovado ontem em segunda votação na sessão ordinária de segunda-feira, 19, com os votos contrários de José Nelto (PMDB), Bruno Peixoto (PMDB), Adriana Accorsi (PT), Luis Cesar Bueno (PT), Major Araújo (PRP), Isaura Lemos (PC do B) e Paulo Cezar Martins (PMDB).

Sua alienação parcial, de até 49%, já era autorizada, mas Marconi pede no projeto aprovado que a extensão da possibilidade de venda é imprescindível, quer para qualificação da gestão de seus ativos mediante parceria privada, quer para sua desmobilização, uma vez que a Iquego faz parte do Programa de Desmobilização e Gestão dos Ativos do Estado de Goiás.

Ao discutir a matéria, o deputado Luis Cesar Bueno (PT) afirmou que a alienação ou fechamento da Iquego acabará de vez com as empresas públicas criadas pelo governador Mauro Borges para promover o desenvolvimento do Estado de Goiás, e ao mesmo tempo favorecer os grandes laboratórios que querem vender medicamentos a preços altos.

Também contrário à aprovação do projeto de lei, o deputado Paulo Cezar Martins (PMDB) subiu à tribuna para dizer que concorda com a exposição feita pelo colega Luis Cesar Bueno e declarar que a venda ou fechamento da Iquego causará prejuízo à Saúde do Estado. O parlamentar ainda comparou a possibilidade à alienação de Cachoeira Dourada durante a administração peemedebista. “A bancada governista vive criticando a venda de Cachoeira Dourada, mas faz o mesmo com a Celg e agora com a Iquego”.

Isaura Lemos (PC do B) também subiu à tribuna para criticar a matéria. A parlamentar afirmou que a Iquego, uma das riquezas do Estado de Goiás, não pode ser liquidada. “Estão fechando uma fábrica de medicamentos que serve, ou servia, à população doente”, declarou.

Por fim, Bruno Peixoto (PMDB) falou em incompetência de gestão por parte do Executivo e pediu para que a base aliada ao governador do Estado tente barrar esse projeto, que acaba com o patrimônio dos goianos.

Edilayne Martins

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