Célio Silveira diz que transporte de órgãos para transplantes pela FAB está salvando muitas vidas

A decisão tomada pelo presidente Michel Temer de autorizar o transporte de órgãos para transplante em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) representou uma importante ação social, que tem salvado vidas. A avaliação foi feita pelo deputado Célio Silveira (GO) nesta quinta-feira (26)

“É uma importantíssima medida que o presidente teve a sensibilidade de tomar e que está salvando vidas”, destacou o tucano. Apenas no ano passado, 190 órgãos foram transportados pela FAB. Nos primeiros 14 dias deste ano, outros 16 traslados já foram realizados. O transporte começou a ser feito quando Temer assinou o decreto nº 8.783, determinando que uma aeronave esteja sempre à disposição na capital federal para realizar o transporte de órgãos doados.

A decisão foi tomada logo após o jornal “O Globo” publicar uma série de reportagens mostrando a indisponibilidade de aviões para realizar esse atendimento. Além de alertar para a necessidade da otimização do transporte de órgãos no Brasil, a publicação foi reconhecida pelo Prêmio Rei da Espanha. A premiação, que aconteceu nesta semana, tem o objetivo de reconhecer o trabalho dos profissionais de jornalismo em língua espanhola e portuguesa dos países que formam a comunidade ibero-americana e das nações com as quais a Espanha mantém vínculos históricos.

Na avaliação de Célio Silveira, esse é o tipo de medida que o Brasil vinha sentindo falta nos últimos anos. Para ele, manter as aeronaves da FAB paradas à disposição apenas de autoridades era algo absurdo – e que contava com o apoio do governo anterior.

“Que essa ação tocada pelo atual governo possa continuar contemplando todo o país, transportando órgãos, salvando vidas, ajudando os que mais precisam. Essa é uma importante medida social, afinal todos nós sabemos que as pessoas têm sofrido nas filas de hospitais, muitos aguardando por um transplante, que é tão difícil. Isso contempla diretamente a população”, aponta.

O Ministério da Saúde tem um acordo voluntário e solidário com todas as companhias aéreas e a FAB para transplante de órgãos. Quando há ofertas de órgãos, tem início o processo de busca de pacientes na lista de espera. Em agosto de 2016, os ministérios da Saúde e Defesa (Comando da Aeronáutica) assinaram um Termo de Execução Descentralizado (TED) no valor de R$ 5 milhões. A medida tinha como objetivo ressarcir a Força Aérea Brasileira (FAB) dos voos realizados para transporte de órgãos em todo o Brasil e garantir a continuidade desse trabalho.

Reportagem publicada nesta quinta-feira por “O Globo”, mesmo veículo que havia denunciado a recusa da FAB para transportar órgãos, mostra como a medida é fundamental para as pessoas que precisam. Na matéria, a pequena Ana Júlia, de 9 anos, moradora de Luziânia (GO), conta como venceu uma sentença de morte ao conseguir realizar o transplante de coração, no ano passado, graças à iniciativa do governo federal, por meio da FAB. Ela está entre os 190 pacientes transplantados no ano passado. Aos oito anos ela chegou a pesar apenas 16 kg e, de acordo com os médicos, morreria se, em até 15 dias, não fosse transplantada.

Célio Silveira é médico e foi prefeito de Luziânia por dois mandatos (2004 a 2012). Ele reforça a importância da ação. “Eu e toda população da cidade somos gratos pela medida, que inclusive beneficiou a Ana Júlia, moradora da minha cidade. Que o governo esteja realmente à disposição das pessoas e olhe sempre pelos mais necessitados, que enfrentam tantas dificuldades no dia a dia”.

O deputado ressalta, porém, que é preciso garantir o fornecimento dos remédios que impedem a rejeição do órgão transplantado. A família de Ana Júlia, por exemplo, teve que entrar na Justiça para garantir o acesso à medicação.

“Essa situação precisa da atenção do governo. Não adianta o transplante se o paciente não tiver acesso ao medicamento necessário após ser transplantado. Espero que o governo olhe para isso com a mesma sensibilidade para impedir que as pessoas continuem enfrentando essa mesma dificuldade”, alertou.

Edilayne Martins

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