Artigo: Atuação do estado no mercado

Júlia Lucy

O Estado deve atuar nas falhas de mercado, nas políticas públicas, e não ser o próprio mercado, porque entendemos que a ação direta dele na atividade econômica tende a ser ineficiente e contaminada por interesses não republicanos


Defendemos a meritocracia, mas sabemos que ela só existirá no momento em que todos tiverem as mesmas condições de educação, de saúde, de infraestrutura. Acreditamos que, para chegarmos aos nossos objetivos, os serviços não precisam ser prestados integralmente pelo Estado. 

Por exemplo, o ensino de qualidade não precisa ser fornecido necessariamente pela escola pública. O Estado deve garantir que o ensino seja de qualidade de toda forma, mas isso pode ser feito por meio de parceria entre a iniciativa privada e o poder público. 

Há áreas em que a iniciativa privada oferece indiscutivelmente melhores serviços a um custo menor e de uma forma mais eficiente. Defendemos a privatização das empresas do DF, porque a maioria dá prejuízo, mas é necessário fazer um estudo complexo do caráter estratégico de cada uma delas. 

O estado deve atuar na infraestrutura, mas isso pode ser feito em parceria com a iniciativa privada, por meio de PPPs e de concessões. Brasília está com o orçamento engessado — só temos uma margem de 10% que não está comprometida. 

Ou o DF se abre para investimentos, ou não conseguiremos fazer grandes obras de infraestrutura. Ainda no que diz respeito à infraestrutura, há uma sobretaxação da tecnologia, como no caso da fibra ótica, o que prejudica a qualidade da internet.

*Julia Lucy é deputada distrital, servidora pública, fundadora da startup LigaDelas, cientista política de formação, casada e mãe de uma filha de 15 anos.

Edilayne Martins

"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida." (Bob Marley)

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