Escola em Ceilândia adere à campanha nacional de combate ao Aedes aegypti

Cerca de 450 estudantes participaram do início da mobilização nesta quarta-feira (22). Rollemberg ajudou a inspecionar a unidade

Cerca de 450 estudantes participaram do início da mobilização nesta quarta-feira (22). Rollemberg ajudou a inspecionar a unidade. Foto: Gabriel Jabur.

Preocupado com proliferação do Aedes aegypti, Natanael Castelo Branco, de 9 anos, estudante do 4º ano, sabe que precisa reservar 15 minutos semanalmente para inspecionar possíveis acúmulos de água em casa. Antônia Cristina Mota Silva, de 9 anos, aluna do 5º ano, reforça que a ideia é mesmo evitar água parada. Eles estão entre os 450 alunos da Escola Classe 15 de Ceilândia que participam da campanha Volta às Aulas sem Mosquito.

O lançamento da ação de combate ao transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus ocorreu na manhã desta quarta-feira (22). Presente na cerimônia, o governador Rodrigo Rollemberg se mostrou satisfeito com o trabalho que vem sendo desenvolvido na unidade de ensino. “É possível perceber em cada criança a consciência sobre a necessidade de combater o mosquito”, destacou. O chefe do Executivo local acredita que “somente com conscientização, informação e educação venceremos essa guerra”.

A ação do governo de Brasília em parceria com o Ministério da Saúde tem como objetivo incentivar a comunidade escolar a intensificar medidas de combate ao inseto. O secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, fez um pedido para as crianças: “Falem para os pais de vocês que, quando esse pessoal de colete marrom [vigilantes ambientais] aparecer, é para deixá-los entrar”.

O trabalho hoje começou com apresentações artísticas, seguiu com instruções para erradicação do inseto (dadas pelos próprios estudantes) e terminou com uma inspeção na escola por agentes da Vigilância Ambiental e bombeiros militares. Eles foram acompanhados pelos alunos e pelo governador Rollemberg. Outras 111 escolas de Ceilândia também receberão a visita partir de 3 de março. O objetivo é atingir toda a rede pública de ensino.

Caso sejam encontrados focos do mosquito, serão aplicados biolarvicidas. Há, ainda, 155 armadilhas destinadas somente para Ceilândia. Para todo o Distrito Federal são cerca de 3 mil.

Ceilândia é uma das regiões administrativas com maior incidência de dengue. Foram registrados 17 casos da doença neste ano. De uma maneira geral, Brasília teve queda de 93% no número de casos confirmados nas seis primeiras semanas de 2017 em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o Boletim Epidemiológico nº 7, de 2017, foram registrados 325 casos prováveis de dengue. No mesmo período de 2016, foram 4.982.

Edilayne Martins

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