O senador Ronaldo Caiado (Democratas) foi agraciado nesta quinta-feira (27/04) com a Medalha do Mérito do Agronegócio Otávio Lage de Siqueira em homenagem ocorrida na Câmara Municipal de Goiânia
A honraria ao parlamentar, proposta pelo vereador Paulo Daher (Democratas), é concedida pela Câmara aos nomes que se destacaram em Goiás em defesa dos produtores rurais. Segundo o vereador, Ronaldo Caiado é “incontestavelmente o maior defensor do agronegócio goiano e brasileiro”, disse.
Ao discursar diante de homenageados e convidados, o vereador relembrou a luta de Ronaldo Caiado em favor dos produtores rurais, iniciada quando fundou a União Democrática Ruralista (UDR) nos anos 80. “O senador Ronaldo Caiado teve fundamental importância nas lutas para o desenvolvimento do setor produtivo e esteve à frente de todas as mobilizações do setor rural desde a Constituinte, quando foi garantido o direito de propriedade”, sublinhou.
Paulo Daher também fez questão de destacar a atuação política do democrata. “Em tempos de crise, em que vários nomes da política nacional e estadual são investigados e condenados pelo Judiciário por práticas de corrupção, o nome de Ronaldo Caiado permanece intacto. Sua posição firme e coerente, sua postura ética, sua conduta ilibada, retidão de caráter e seu trabalho prestado à sociedade durante a sua vida pública lhe credenciam a ser o próximo governador de Goiás”, afirmou.
O senador agradeceu a homenagem e se disse profundamente tocado por ser reconhecido em Goiás. “Ainda em 1988 caminhava por todo o País buscando conscientizar o setor de sua importância e da necessidade de entrar nos debates políticos. Na época éramos demonizados. Mas levantei a bandeira, mobilizei os produtores e hoje o agronegócio impulsiona a economia e orgulha nosso País. É uma honra receber esta homenagem, especialmente por ser reconhecido em minha terra. Obrigado a todos os que me proporcionaram um dos dias mais importantes da minha vida”, discursou.
Atuação
Nestes últimos meses de desafios para o setor rural, Ronaldo Caiado tem se empenhado para minimizar os efeitos de decisões que prejudicam os produtores. O senador tem buscado soluções para minimizar os efeitos da decisão do STF que votou pela constitucionalidade do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), impondo o pagamento retroativo e podendo gerar uma dívida de até R$ 7 bilhões aos produtores rurais de todo o País.
O parlamentar tem se reunido com a classe e sua equipe técnica para encontrar uma saída para que a cobrança do passivo não inviabilize a produção agropecuária, afetando o setor que mais movimenta a economia brasileira neste momento de crise.
O parlamentar também se debruçou sobre a situação da alta cobrança de juros de produtores rurais. Após questionamento do senador, o Conselho Monetário Nacional (CMN) garantiu que vai analisar a redução da taxa de juros para fundos constitucionais, como o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). O compromisso foi durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
Histórico de luta
Alçado à condição de líder por sua atuação à frente da União Democrática Ruralista (UDR), Ronaldo Caiado é um dos mais expressivos representantes do setor Rural no Brasil. Ele é autor de uma conquista fundamental para o setor agrícola. Graças a ele os produtores rurais e cooperativas puderam renegociar suas dívidas com o governo federal. A proposta incluía os débitos provenientes de operações com fundos constitucionais, o Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados (Prodecer), o Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa), entre outros. O projeto também autorizava a renegociação de dívidas já objeto de negociação no passado.
Outra ofensiva de Ronaldo Caiado em defesa do produtor rural foi a que ficou conhecida como “tratoraço” – uma manifestação ocorrida em 2005, quando ele era presidente da Comissão de Agricultura, e que reuniu mais de 2 mil tratores na Esplanada dos Ministérios para atrair a atenção para a pior crise de todos os tempos na agricultura. A tentativa era de conseguir junto ao governo federal medidas adicionais para reduzir a crise de renda sofrida por alguns segmentos da agropecuária.
Para os goianos em especial, Ronaldo Caiado foi autor de emendas que evitaram que Goiás perdesse R$ 300 milhões por ano com a nova partilha dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Pelo projeto do Senado Federal rejeitado, Goiás teria uma redução no coeficiente que delimita o valor da distribuição do FPE, dos atuais 2,84 para 2,51, o que implicaria nessa perda de R$ 300 milhões anuais para o Estado.
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