Denúncia do MP diz que o motivo do crime é discordância do autor com a atividade de síndico que a vítima exercia no edifício Santa Eulália
A Justiça marcou para 25 de janeiro de 2018, às 9h30min, o tribunal do júri do advogado Guilherme Antônio Nunes Zanoni. Ele é acusado de matar o síndico do prédio em que morava, o edifício Santa Eulália, na Avenida Desembargador André da Rocha, no centro de Porto Alegre, em novembro de 2015. A vítima, Oscar Vieira Guimarães Neto, 61 anos, foi surpreendida em um corredor e levada até o apartamento do assassino, onde foi morta a facadas.
O acusado responde por homicídio doloso triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Dezesseis testemunhas já foram ouvidas no processo, durante a fase de instrução.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o motivo do crime foi a atividade de síndico que a vítima exercia. O documento diz que o acusado agiu "em razão de não aceitar a conduta da vítima como síndico do prédio onde ambos moravam, o que acarretou desentendimentos por mais de dois anos".
"O crime foi cometido por motivo torpe, tendo em vista a discordância do denunciado em relação à administração do condomínio pela vítima, agravado pela reeleição daquele para o cargo de síndico do prédio comum, em 29 de outubro de 2015, pelo que resolveu eliminar fisicamente Oscar, visando impedi-lo de continuar na função", diz a denúncia.
Zanoni ainda cumpre prisão domiciliar, mas mudou-se do apartamento onde ocorreu o assassinato. Ele é defendido pelo advogado Amadeu Weinnmann. A defesa disse que estuda o caso e que não abriria a estratégia a ser usada no tribunal.
Entenda o caso
Oscar Vieira Guimarães Neto, 61 anos, era síndico do edifício Santa Eulália, na Avenida Desembargador André da Rocha, no centro de Porto Alegre. No início da noite de quinta-feira, 5 de novembro de 2015, foi morto a facadas pelo vizinho do apartamento em frente ao seu.
O zelador do condomínio ouviu gritos de Guimarães e foi até o apartamento dele. A Brigada Militar foi acionada e, quando os PMs entraram no imóvel, Guilherme Antônio Nunes Zanoni, então com 25 anos, estava ao lado da vítima, que agonizava no chão. O suspeito, então, foi preso em flagrante e encaminhado ao Presídio Central. A polícia apurou, à época, que ambos mantiveram discussões frequentes por dois anos.
O Ministério Público denunciou Zanoni à Justiça por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.
Fonte: RS Notícias.
Fonte: RS Notícias.