Sono irregular pode ser sintoma de epilepsia noturna

Crises se caracterizam por movimentos involuntários enquanto a pessoa dorme ou no momento do despertar

Dificuldades para dormir e convulsões são um dos principais sintomas de quem tem epilepsia noturna. A medicina do sono iniciou a exploração nesse mundo desconhecido em busca de respostas para quem sofre desse mal. O neurologista especialista na área, Nonato Rodrigues, explica que a doença pode ser hereditária ou adquirida. “Normalmente, as pessoas já trazem uma queixa de crises, e apresentam movimentos involuntários enquanto estão dormindo ou no momento em que estão acordando”, afirma o médico. Segundo ele, em geral as crises ocorrem nessas duas fases, mas também podem acontecer durante o dia.

Os pacientes são atendidos no Hospital de Base do DF no Hospital de Sobradinho (HRS), e em pronto socorro.

Como o cérebro é um órgão elétrico, e a disfunção causa uma descarga elétrica, a crise pode acabar progredindo e, assim, afetar alguma parte saudável. Caso o mal-estar seja de cunho hereditário, a cura é algo difícil de ocorrer, contudo, se for adquirida com o tempo, da mesma forma como surgiu, e com o tratamento realizado da forma correta, a epilepsia pode ir embora.

O Sistema Único de Saúde oferece para os portadores da patologia atendimento na Rede Pública de Saúde, desde a atenção primária, até a mais alta complexidade. O paciente tem o seu atendimento direcionado para o tratamento correto de acordo com o nível diagnosticado.

Por conta da doença, a publicitária Pâmela Pinheiro, que sofre com as crises desde bebê, alega que sempre se sentiu excluída, sentia o julgamento das outras pessoas ao passar mal na rua. “O que posso dizer é que o que mais me ajudou a me sentir uma pessoa ‘normal’ foi o fato das pessoas me tratarem normal, e isso faz toda a diferença”.

Diagnóstico e tratamento
O neurologista alega que por já apresentarem alguns sintomas da doença, os principais exames realizados são a polissonografia e o eletroencefalograma.

O tratamento é feito com medicamentos que agem dentro do sistema nervoso central, e de acordo com o tipo de epilepsia que é diagnosticado. Em alguns casos, o acompanhamento com psicólogo é necessário. Conforme Rodrigues, isso ocorre quando o paciente tem dificuldade de conviver com a doença.


O tratamento é feito com medicamentos que agem dentro do sistema nervoso central, e de acordo com o tipo de epilepsia que é diagnosticado.


A Secretaria de Saúde disponibiliza atendimento com neurologista em todas as regiões de saúde. As opções de tratamento dependem do tipo de epilepsia. Os pacientes são atendidos no Hospital de Base do DF no Hospital de Sobradinho (HRS), e em pronto socorro. Os exames necessários para o diagnóstico estão também estão disponíveis no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), de Taguatinga, de Ceilândia, Centro de Orientação Médica Psicopedagógica. Os exames laboratoriais e de neuroimagem também estão disponíveis na rede SUS.

Por Carolina Neves.

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