Saiba o que fazer em casos de desaparecimento de pessoas

A Polícia Civil do DF atenta que, para agilizar o processo de busca de pessoas desaparecidas, é primordial que a ocorrência seja feita na delegacia mais próxima, no primeiro momento após a identificação do sumiço

Ao fazer a ocorrência é importante fornecer o máximo de informações na delegacia, o número do telefone celular do desaparecido e, se possível, o IMEI do aparelho (informado na caixa produto), além de foto atualizada.

Após o registro do desaparecimento, a polícia inicia a investigação com buscas em toda a rede de hospitais e Instituto Médico-Legal (IML). O objetivo é localizar pessoas que possam ter dado entrada nesses lugares sem consciência, vítimas de acidente ou após falecimento.

O próximo passo é a abertura de inquérito policial para investigar se houve crime. Nos casos de suspeita de sequestro, pode ser solicitada a quebra do sigilo de dados e das comunicações telefônicas.

Os motivos de desaparecimento de pessoas no DF são variados e incluem fuga de casa, motivadas por brigas residenciais, uso de drogas e doenças que provocam esquecimento do endereço residencial.

Na maioria dos casos, 51,8% são encontrados em até três dias — 29,1%, em menos de 24 horas.
Desaparecimento de crianças e adolescentes

A investigação imediata em caso de desaparecimento de crianças ou adolescentes é uma garantia legal (Lei Federal nº 11.259, de 2005).

Nessas ocorrências, o sumiço é prontamente comunicado às Polícias Federal e Rodoviária Federal, às autoridades nos portos, aeroportos, rodoviária e empresas de transporte interestadual e internacionais.

A medida busca evitar o deslocamento para fora do DF e do País.

A família deve comunicar ainda outros órgãos, como Conselhos Tutelares, centros de referência de assistência social (Cras) e centros de referência especializado de assistência social (Creas), que também podem ajudar nas buscas dos menores.
Estatísticas de 2017

O maior número de ocorrências de desaparecimento durante 2017 no DF foi entre:
adultos (18 a 50 anos): 1.281
adolescentes (12 a 17 anos): 1.073
idosos (mais de 50 anos): 244
crianças (com menos de 11 anos): 169

No caso de adultos, os desaparecimentos, em geral, são para uso de drogas, álcool ou por falta de aviso à família ao saírem para passar alguns dias na casa do namorado ou namorada.

Os adolescentes fogem por conflitos familiares, violência doméstica e, também, para consumo de drogas.

Já o sumiço de idosos ocorre, principalmente, por falta de memória. Devido a doenças como o mal de Alzheimer, eles não conseguem voltar para casa. Esses casos são mais comuns do que se supõe. Como prevenção, a polícia orienta manter sempre um papel dentro do bolso com nome, endereço e telefone de um parente.
Para comunicar o desaparecimento de pessoas ligue 197

Das 2.767 pessoas desaparecidas no ano passado, 2.588 foram localizadas entre janeiro de 2017 e março de 2018, ou seja, 93,5% do total. Ceilândia, Samambaia e Taguatinga são as regiões que mais registraram desaparecimentos.

A Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal disponibilizará os números de 2018 após o encerramento do ano.

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