Bicicletas e patinetes compartilhadas estão mudando a forma de se deslocar pela cidade

As bicicletas amarelas da empresa Yellow e verdes do +Bike funcionam em área limitada para atender trajetos curtos

Os serviços de bicicletas compartilhadas da empresa Yellow e da iniciativa do governo +Bike são alternativas de micromobilidade urbana para trajetos curtos. A expansão de ciclofaixas e ciclovias no DF a partir de 2014 deu início à proposta do serviço compartilhado e sustentável.

O +Bike é uma iniciativa do GDF com a empresa Certel, que começou em 2014. São 400 bicicletas que estão concentradas apenas na área central do Plano Piloto. Segundo a assessora da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), Carolina Andrade, o governo pretende ampliar a oferta. “A gente quer levar para as cidades que têm metrô para fazer a integração, como Guará, Taguatinga, Samambaia”, conta. A Semob diz que já foram realizadas mais de 1,3 milhão de viagens com as bicicletas do +Bike.

O estudante Greco Antônio, 19 anos, usa mais as bicicletas dentro da Universidade de Brasília. Ele acredita que o serviço e a infraestrutura de ciclofaixas deveriam ser expandidos para outros locais. “Aqui na UnB tá bem completo, mas nos outros lugares falta bike e lugar para andar”, justifica. No +Bike, as unidades ficam fixas para retirada em estações espalhadas pelo Plano.

Já o serviço Yellow chegou à capital no começo do ano com a proposta de dockless, ou seja, sem local fixo para estacionar. Para Natália Lopes, estudante de 20 anos da UnB, a possibilidade de deixar a bike em qualquer ponto é uma vantagem que vale o investimento, apesar do custo ser mais alto que o do +Bike. “A Yellow sai um pouco mais cara, mas tem a vantagem de não deixar somente no posto delas e isso facilita muito”, comenta.

Além das bicicletas, a Yellow oferece a patinete elétrica como opção de deslocamento. As patinetes, por enquanto, só atendem um raio de seis quilômetros e podem ser usadas em Águas Claras e parte do Plano Piloto, mesmos locais das bicicletas. A estudante Débora Falcão, 21 anos, gostou da experiência de usar a patinete, mas reclama do valor. “Foi útil para lazer, mas o mapa é limitado e o preço bem caro em relação à bicicleta.” A Yellow recomenda o uso de capacete e orienta que a velocidade em calçadas deve ser de 6 km/h e em ciclovias e ciclofaixas, 20 km/h.

Problemas no serviço

Algumas bicicletas do +Bike estão em mal estado de conservação ou até mesmo impossibilitadas de serem usadas. Carolina Andrade, do Semob, explica que o GDF cobra da empresa fornecedora manutenção constante. “O governo fiscaliza e pede para a empresa a manutenção ou troca das bicicletas”, enfatiza.

As bikes e patinetes da Yellow são vistoriadas diariamente, segundo a empresa, mas constantemente são deixadas em locais impróprios, dificultando a passagem de pedestres. Quando questionado sobre o caso, a Yellow não se pronunciou a respeito.

SERVIÇO

As bicicletas da Yellow custam R$ 0,40 por minuto e R$ 5 de taxa de desbloqueio e, para o uso da patinete elétrica, é cobrado R$ 0,50 por minutos e R$ 3 de taxa de desbloqueio pelo aplicativo.

O +Bike não cobra nada por viagens de até 1 hora desde que tenha um intervalo de 15 minutos entre as viagens. Após 1 hora de uso, a taxa é de R$ 5 por hora. O serviço funciona pelo aplicativo, oferece passes mensais, anuais e diários que custam R$ 6, R$ 10 e R$ 3, respectivamente.

Edilayne Martins

"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida." (Bob Marley)

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