Artigo: Poder e deveres do Sesc e Senac


Francisco Maia

Sobre o Sesc e o Senac recai o peso da confiança que milhares de trabalhadores depositam sobre nós. São 6.421 alunos matriculados no DF para buscar a orientação profissional, enquanto os recursos da Secretaria de Educação atendem cerca de sete mil alunos. O Sesc tem números impressionantes: são 322 mil credenciais para habitantes de nossa cidade usufruírem vida mais saudável

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O acúmulo financeiro nas mãos de uma minoria, hoje, não representa o poder. A força reside no acesso de muitos à informação, promoção social e educação profissional. Assim é o poder que Sesc e Senac transferem à comunidade do comércio.

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A coordenação da FECOMÉRCIO-DF sobre esses serviços permite, com hábil delicadeza política, estabelecer relações de governança com a administração do Distrito Federal. É preciso saber que, por meio do Senac, se consegue oferecer melhor formação de mão de obra, cursos técnicos e vasta aprendizagem comercial. Ao Sesc cabe saúde, alegria humana e qualidade de vida.

É onde os comerciários encontram lazer, cultura, esporte, cursos e outras atividades voltadas à alegria das famílias. Um órgão da classe produtiva que não tem o esporte e a educação como alicerce é insensível e sem compromisso com aqueles que representa. Qualquer que seja o governante, deve lembrar que, como nós, seu poder advém dos serviços que presta ao povo.

Sesc, Senac e Confederação Nacional do Comércio estivemos no início do atual governo com o secretário de Fazenda do DF, André Clemente, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho, no Palácio do Buriti. Tratamos de um termo de cooperação entre essas instituições e o governo local, avalizado pelo governador Ibaneis Rocha e Roberto Tadros, presidente da CNC.

O secretário André Clemente, da Fazenda, reconhece que um grande desafio é a retomada do crescimento econômico, mediante a geração de emprego e renda em todo o Distrito Federal. O Estado deverá ser o principal indutor desse processo, na garantia de segurança, paz e incentivo empresarial.

Acredito que a Federação e todo nosso sistema tem muito a somar ao governo do DF. O setor produtivo tem que andar lado a lado com o governo, até porque representamos 93% do PIB privado.

Temos também a coragem de retalhos da realidade econômica preocupantes, mas que jamais podem nos desanimar. O comércio varejista ainda tem muita estrada até poder olhar para trás e recuperar as perdas acumuladas no período de crise do setor. Em cinco anos, tivemos mais de 6 mil estabelecimentos fechados, mas o aumento do índice de confiança da classe empresarial e o incremento do desejo de consumir fazem com que as associações estimem uma evolução entre 2% e 6% em relação a 2018. Um grande empresário que dirige o sindicato do comércio varejista já é um vitorioso pelo otimismo, quando assegura que qualquer crescimento depois de período tão difícil é animador.

É também em depoimentos de brasileiro fortes que confiam no futuro que buscamos alento. Paula Dellinghausen é uma empreendedora corajosa ao garantir que fevereiro superou as expectativas. Literalmente promete: “Se eu tiver o mesmo lucro nos próximos meses, farei novos investimentos. Sinto que os brasilienses estão mais empolgados com as expectativas anunciadas pelo novo governo. É claro que os consumidores ainda buscam produtos mais baratos, mas acredito que, neste ano, eles estão mais animados para gastar.”

Lentamente a população está voltando a acreditar no futuro. A liberdade dada ao setor privado para investir e arriscar enche de esperança quem aposta no verdadeiro capitalismo. Ninguém deve entender a relação de capital e trabalho como era praticada na Revolução Industrial. Aquele processo substituiu a produção artesanal pelas máquinas, a energia do homem pela força motora e o modo de produção familiar pelas fábricas. Hoje o capital não tem pátria, pois tem todas as pátrias; não tem dono, pois é regulamentado por leis; não tem nome, porque possui a identidade de todos que nele apostam. O capitalismo permite a democracia do dinheiro. O risco é incorporado ao lucro, e a acomodação punida com os prejuízos.

É fundamental buscar na origem das palavras a determinação e sentido de seu significado. O negócio do comércio, da produção, da linha de resultados do capitalismo provém da junção latina de Nec e Ócio. Negócio: a negação do ócio. Este é o segredo do sucesso nas responsabilidades que assumimos com a comunidade, seus governantes e nossos afiliados – vigilância e trabalho.



*Francisco Maia é Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio).

Edilayne Martins

"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida." (Bob Marley)

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