Centro de Trauma: entenda o que é, para que serve e qual a sua importância
Conheça a área
do Hospital Brasília especializada em atendimento emergencial de acidentes,
fraturas, quedas e outras ocorrências
Ignorado pela maioria das pessoas, o Centro de Trauma só ganha
relevância após ocorrer uma queda, um acidente de carro, bicicleta/patinete ou
até que uma criança sofra uma queimadura com água fervendo, por exemplo.
Ao contrário do que se imagina, muitos dos traumas de maior gravidade
acontecem dentro de casa ou durante atividades do cotidiano.
O que é
trauma?
Para começar,
é importante esclarecer o que é considerado “trauma”. O atendimento de trauma acontece
quando uma lesão é produzida por uma ação externa ao corpo. Ela pode ser por
violência física ou química. Suas consequências podem ser graves e abranger
vários órgãos. Da mesma forma, até aqueles traumas que parecem simples e menos
impactantes ainda exigem cuidados atenciosos desde o início para redução de
danos. Portanto, o tratamento adequado imediato é fundamental para evitar
sequelas ou mortes em curto período de tempo e também para reduzir o processo
de tratamento e reabilitação.
O cirurgião do
Centro de Trauma do Hospital de Brasília Rodrigo Rocha explica que há
procedimentos que devem ser orientados especificamente pela traumatologia, por
exemplo, a reanimação cardiopulmonar (RCP), método comumente
realizado em outros procedimentos, mas que em atendimentos de trauma segue um
protocolo diferenciado: “A RCP no trauma tem suas peculiaridades.
Diferentemente de um infarto ou derrame, que também levam a uma parada
cardiorrespiratória, o trauma, quando gera uma RCP, é devido ao choque
hipovolêmico, ou seja, um sangramento, portanto, é primordial controlar essa
hemorragia. Se a equipe não consegue contê-la, as manobras de RCP acabam sendo
ineficazes”, explica o cirurgião.
Como ele mesmo
ressalta, este é só um exemplo, pois a reanimação cardiopulmonar é importante,
mas não é o único foco nessas situações. Por isso é fundamental que a equipe
responsável pelo paciente esteja atenta a essas distinções no campo do
atendimento da especialidade.
Acidentes domésticos: sem hora nem lugar para
acontecer
Embora o
assunto trauma faça muitas pessoas se lembrarem automaticamente de histórias
dramáticas e acidentes trágicos, eles não são os únicos casos que exigem
atendimento em emergência. Os acidentes domésticos são responsáveis por uma
grande parcela dos casos que chegam aos centros de trauma. Segundo a Sociedade
Brasileira de Pediatria, os acidentes domésticos representam a principal
causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 a 14 anos. A pesquisa aponta
ainda que 90% deles poderiam ter sido evitados.
Portanto, para
quem tem criança em casa, esse deve ser um alerta constante. Infelizmente,
mesmo com todo o zelo, os acidentes precisam só de um descuido momentâneo para
acontecer. E vale ressaltar: não há regra. Objetos e as mais variadas situações
podem acabar em finais dolorosos, tanto para as crianças e os adolescentes como
para os adultos, que também são bastante suscetíveis a acidentes.
Acidentes por causas externas
Como já foi
citado, traumas e acidentes costumam ser os casos mais emblemáticos e podem
acontecer em qualquer lugar, a qualquer momento e de maneira imprevisível. Uma
grande parte dos casos acaba deixando sequelas e consequências traumáticas para
a vida de quem os vivencia. Nessas situações, as equipes de primeiros socorros passam
a ser agentes decisivos. Os procedimentos realizados nos primeiros momentos do
ocorrido são capazes de salvar ou condenar uma vida.
“Para a
reanimação no trauma ser bem-sucedida temos dois grandes fatores preditivos de
sucesso: tempo para iniciar as manobras e gravidade da lesão. Lesões cardíacas
de grandes vasos sanguíneos necessitam de atendimento especializado num curto
intervalo de tempo, essa é a única chance de salvar os pacientes”, exemplifica
Rodrigo Rocha.
Centro de Trauma do Hospital de Brasília:
Assim que uma
pessoa acidentada chega ao Hospital de Brasília, ela é recebida por uma equipe
especializada no atendimento. O protocolo inicial permite uma tomada rápida de
decisão, e a equipe é treinada para fazê-la da melhor forma.
Logo que o
paciente dá entrada no setor, seus sinais vitais são aferidos, exames de sangue
são coletados e ele passa por um exame físico à procura de lesões que possam
colocar sua vida em risco. O objetivo é que, em menos de meia hora, o paciente
já esteja com todos os exames prontos, o diagnóstico feito e já encaminhado
para o centro cirúrgico, se for o caso.
Nesse momento,
ele passa por uma triagem detalhada que o categoriza, a fim de encaminhá-lo
para as áreas de atuação adequadas. Existe uma “A,B,C,D,E do trauma” que organiza
o atendimento para que nenhum minuto seja desperdiçado em razão de falhas de
informação. O cirurgião enaltece o método e reitera: “O Hospital Brasília
investe continuamente no treinamento de sua equipe para que, no momento em que
esse paciente chega ao hospital, nenhum segundo seja perdido. Sobre o
atendimento ideal, com certeza, nossa equipe presta o melhor atendimento ao
traumatizado, o que reflete em nossa taxa de sucesso, que é altíssima.”.
ABCDE do trauma
A - Vias aéreas: verificação se há obstrução de
nariz ou boca.
B – Verificação: se há algo prejudicando os
pulmões (fratura de tórax, perfuração etc.).
C - Circulação: verificação se há hemorragia.
D – Verificação: se há complicações cerebrais
causadas pelo trauma no tórax, com checagem da cognição e da consciência do
paciente.
E – Verificação: se houve fratura em algum dos
membros.
Para que esse
sistema funcione em todas as ocorrências que chegam ao hospital, é preciso que
sempre haja uma equipe de cada especialidade disponível no plantão.
Profissionais de neurocirurgia, por exemplo, são essenciais e, por isso, estão
sempre de prontidão para conter danos cerebrais do trauma no menor tempo
viável.
As pessoas que
entram no hospital pela via do atendimento de trauma são acompanhadas pelos
integrantes da equipe durante toda a internação. Isso faz com que o quadro seja
monitorado, levando sempre em conta o que causou a internação: o trauma. O
protocolo permite que se previnam ao máximo as complicações advindas da
ocorrência.
Toda essa
estrutura, equipe multidisciplinar e processos bem definidos tornam o Hospital
Brasília uma referência quando se fala em trauma. Investimos continuamente em
qualificação e oferecemos ainda treinamento externo para profissionais de
atendimento pré-hospitalar (Samu e Corpo de Bombeiros). Para conhecer melhor o
trabalho, acesse: www.hospitalbrasilia.com.br