Dia Nacional do Terapeuta Ocupacional: profissional auxilia na autonomia de pacientes com dificuldades físicas e cognitivas

No Brasil, existem cerca de 17.500 terapeutas ocupacionais
No dia 13 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Terapeuta Ocupacional, a data foi escolhida por representar o dia em que o Brasil promulgou o Decreto-lei 938, que regulamenta as profissões de fisioterapeuta e de terapeuta ocupacional no país. Em janeiro de 2015, foi estabelecida oficialmente a comemoração da data em todo território nacional. A data homenageia os profissionais que trabalham com a Terapia Ocupacional (TO), que tem o intuito de ajudar pessoas com dificuldades físicas, sensoriais ou cognitivas a adquirir as competências necessárias para viver a vida de forma independente, ou o mais próximo disso. O que faz um terapeuta ocupacional? A Terapia Ocupacional (TO) visa à reabilitação cognitiva, motora e sensorial dos pacientes que já nasceram com alguma condição pré-existente, sofreram algum acidente ou descobriram alguma doença, como demência ou esclerose, para poderem realizar atividades de vida cotidiana de forma independente. Essas atividades incluem tarefas de autocuidado, como higiene, alimentação e vestuário; produtividade: trabalho ou estudo. Além de momentos de lazer e atividades sociais de um modo geral. “A TO auxilia o indivíduo a alcançar seu nível mais elevado de habilidades, preservando aspectos cognitivos, sua independência e autonomia. Um papel primordial na saúde coletiva, pois o profissional contribui para a promoção, prevenção e recuperação daqueles que necessitam de cuidado”, destaca Syomara Cristina, terapeuta ocupacional com mais de 30 anos de experiência na área. Para quais pacientes é indicado TO? Qualquer pessoa que apresente alterações em seu desempenho ocupacional e/ou tenha dificuldades para realizar atividades cotidianas pode ser indicada para fazer terapia ocupacional, independentemente de sua idade. Segundo Syomara, de um modo geral, o TO atende pessoas que passaram a lidar com dificuldades físicas, psíquicas, sensoriais e sociais, geradas por diversas patologias e comprometimentos. “Cada terapeuta tem seu nicho de pacientes bem definidos e se especializa nos melhores tratamentos para aquela área. Atualmente, eu atendo adultos com foco principal em dificuldades nos membros superiores”. Como é realizado o tratamento? Cada paciente recebe um tratamento personalizado de acordo com suas limitações. Para isso, o TO cria junto ao paciente novas formas de fazer o que ele precisa, com a maior autonomia e independência possíveis. Vale ressaltar que, nesse caso, a autonomia é relativa a cada paciente, não existe um ideal comum. Então, o histórico ocupacional do paciente é fundamental para que o terapeuta entenda qual será o tratamento aplicado e até onde esse paciente pode evoluir. Quais as diferenças entre Fisioterapia e Terapia Ocupacional? Apesar de ainda existir muita confusão quanto à atuação de cada profissional, o objeto de trabalho e os objetivos do tratamento desenvolvidos por cada uma das áreas são diferentes, porém auxiliares. Enquanto o trabalho do fisioterapeuta é focado na prevenção e reabilitação de pacientes que estão com sua capacidade motora afetada, ou seja a ação. O do terapeuta ocupacional focado na ocupação humana, nas atividades instrumentais de vida diárias e atividades de vida prática. Quando há a necessidade, os dois profissionais podem trabalhar em conjunto. * Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 34 anos como terapeuta ocupacional e tem experiência no tratamento em reabilitação dos membros superiores em pacientes com lesões neuromotoras. Faz atendimentos com terapia infantil e juvenil, adultos e terceira idade. Desenvolve trabalhos com os métodos Bobath, Baby Course Reabilitação Neurocognitiva Perfetti, Reabilitação de Membro Superior- Terapia da Mão, Terapia Contenção Induzida (TCI) e Imagética Motora entre outros.

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