Investimentos dobram capacidade de atendimento ambulatorial e fortalecem emergências com tecnologia de ponta
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foto Alberto Ruy |
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) avança na oferta de serviços de alta complexidade com a entrega, nesta quarta-feira (25), de duas importantes melhorias, a ampliação da oncologia clínica, agora com 11 novos consultórios, e a instalação de um moderno angiógrafo no setor de hemodinâmica.
Com a reforma na oncologia, a capacidade de atendimento ambulatorial dobra, permitindo até 40 novas consultas iniciais por mês. Além disso, o espaço conta com ambientes climatizados, pias em todas as salas, acessibilidade e um banheiro exclusivo para pacientes em tratamento.
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“Essas salas representam um marco na humanização do cuidado oncológico no DF, promovendo acolhimento e dignidade desde a primeira consulta”, afirma o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), Cleber Monteiro.
A iniciativa, promovida pelo Instituto em parceria com entidades apoiadoras, no caso da oncologia, amplia a capacidade de atendimento e fortalece o cuidado a pacientes em tratamento de câncer, cardíaco e neurológico.
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A cerimônia reuniu autoridades como o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, que celebrou o impacto da entrega: “Estou muito feliz, de coração. Continuamos trabalhando com esse propósito, afinal, nós, profissionais de saúde, escolhemos atuar para transformar vidas”.
Representando a vice-governadora Celina Leão, a assessora Joana D’arc Carvalho leu uma mensagem enviada pela gestora. “Mais do que uma ampliação física, esta entrega representa respeito, acolhimento e compromisso com quem enfrenta uma das batalhas mais difíceis da vida”.
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Mais estrutura, dignidade e cuidado
Idealizado em 2019 pela coordenadora da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC), Verinha, em parceria com o oncologista Daniel Girard, a ampliação foi viabilizada com doações da própria Rede, da Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas do Senado Federal (Assisefe) e do Hospital Dia (H-Dia).
“Essa conquista é dos pacientes e dos colaboradores, que merecem um ambiente de trabalho digno e com qualidade. Nossa missão na Rede Feminina é doar amor, enxugar lágrimas e provocar sorrisos”, ressalta Larissa Bezerra, atual gestora da RFCC.
Tecnologia de ponta no HBDF
Outro destaque da cerimônia foi a entrega do angiógrafo com tecnologia de ponta, adquirido com recursos do Ministério da Saúde, por meio de convênio federal. O aparelho permite a realização de intervenções minimamente invasivas em especialidades como cardiologia, neurologia, neurocirurgia, radiologia intervencionista e eletrofisiologia.
Com o novo equipamento, a capacidade de atendimento da hemodinâmica cresce em até 40%, passando de 350 para até 490 procedimentos mensais. “Agora, vamos conseguimos agilizar o diagnóstico e o tratamento de emergências como infarto e AVC, salvando mais vidas com segurança e precisão”, destaca Edson Gonçalves, superintendente do HBDF.
A obra inclui ainda a ampliação da sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA), que agora conta com 12 leitos. “Este aparelho representa um salto de qualidade na capacidade diagnóstica e terapêutica do hospital”, complementa o chefe da hemodinâmica, Gabriel Kanouche.
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O retrato do sorriso que venceu o câncer
Enquanto as autoridades inauguravam as novas salas da oncologia, um toque inesperado. Foi Wilma Alves quem tocou o chamado sino da cura, no Hospital de Base, selando o fim de uma jornada marcada por resiliência e superação.
Aos 45 anos, mãe de três filhos e avó de um neto, Wilma venceu não apenas um, mas três cânceres: no colo do útero, na bacia e no fígado. “Depois que eu tive a doença, eu parei de viver. Perdi a autoestima, tive depressão. Mas agora estou curada de tudo”, contou, emocionada e ainda tremendo de felicidade com a notícia de que estava livre da doença.
Ela começou sua batalha há dois anos, quando recebeu o primeiro diagnóstico. Foi curada e, um ano depois, enfrentou novas metástases. Durante esse tempo, o HBDF foi mais do que um local de tratamento.
“Um excelente hospital que me apoiou em tudo, me deu amor quando eu mais precisava”, disse. Agora, com a saúde restabelecida, ela sonha em retomar a rotina: “Trabalhava com serviços gerais e tudo o que mais quero é voltar a trabalhar, voltar a viver, ter meu cabelo, meus dentes… viver de novo”. Para Wilma, a cura representa não só o fim de um ciclo difícil, mas o recomeço de uma vida plena.