Picnik se torna vitrine para marcas com trabalho autoral

Feiras criativas têm se tornado vitrine única para empreendedores que não possuem loja física ou que deseja conquistar um público

No mesmo dia em que Brasília comemorou 57 anos, o Picnik também comemorou mais uma edição. O evento que costuma reunir artistas locais da moda, do design, da gastronomia, da arte e da música, tem se tornado uma grande vitrine para empreendedores. Ao longo do ano, são realizadas 4 edições do evento, que tem um dia de duração. A primeira edição do ano contou com um público de mais de 20 mil pessoas, e com várias marcas e empreendedores de diferentes segmentos. O Picnik sempre procurou valorizar o trabalho local de designers brasilienses, e em sua última edição apresentou desfiles onde 22 marcas apresentaram suas peças. Na feira de economia criativa foram mais de 65 marcas só de roupas expondo seus produtos.

Para o sócio da marca Dane-se, evento valoriza a economia criativa

O evento tem se tornado uma grande vitrine para marcas brasilienses que tem trabalho autoral. Para marcas que não possuem loja física, é uma grande oportunidade de estar próximo aos clientes, e para algumas lojas já chegou a garantir cerca de um mês de vendas em um único dia, como conta Enozor Junior, sócio da loja Dane-se. “Em questão de vendas, hoje o evento não é tão maior que a loja, mas quando não tínhamos loja física, as vendas do evento já chegaram a equivaler a cerca de um mês de vendas na loja online. Hoje o Picnik nos proporciona uma visibilidade muito grande e esse é o nosso maior ganho”.

O empresário Henrique Macedo, responsável pela loja de roupas 8 Wats, que foi lançada no dia 21/04, também concorda que eventos como o Picnik são bons para a divulgação de uma marca. “O Picnik tem diferentes públicos, é uma ótima visibilidade para a loja, consegue atingir um público que a marca procura através de redes sociais. O Picnik é uma forma de apresentar a marca e levar o público do evento para o ambiente virtual depois”.

Loja Arara Fashion, que tem produção autoral com fabricação toda feita em Brasília

Além de ter se tornado uma ótima vitrine, o Picnik também ajudou marcas a crescer. “A visibilidade do Picnik é de fato muito grande. Foi um dos eventos que mais ajudou a nossa marca a crescer nos últimos três anos, tanto que já exibimos em cerca de doze edições de Picniks”, conta Adriano Augusto, responsável pela loja de roupas femininas Arara Fashion.

Outra marca que ganhou boa parte de sua grande visibilidade foi a Balboa Gate, marca moderna voltada para o público masculino que segue o life style brasiliense. A marca tem hoje o evento como um ponto forte da mesma, dando exclusividade para expor especialmente no Picnik. “Damos exclusividade pro Picnik porque foi onde começamos e onde tivemos o reconhecimento do público. Hoje temos muitos clientes que vem ao Picnik por que sabem que vão encontrar a Balboa aqui. Mesmo tendo a loja física sempre trazemos algo especial”, conta Samir Felix, um dos responsáveis pela marca.

Em relação às vendas, o designer conta que já chegaram a faturar cerca de seis mil reais em um dia. “Por ser um dia especial, as pessoas criam uma certa expectativa e isso acaba ajudando nas vendas”. Na loja, esse valor demoraria uma média de uma semana para ser alcançado.

Para Fernando Lackman, responsável por fazer a curadoria dos desfiles, o Picnik e eventos do tipo são forma das marcas que não têm loja própria exporem o seu trabalho de uma forma mais aplicada, porque o evento atrai vários tipos de público. “Ao mesmo tempo tem o seu público x, que gosta de consumo consciente, gosta de roupas que não estão em todos os lugares, que fogem do fast fashion, e que busca também uma identidade com a cara do lugar onde mora, no nosso caso Brasília”, diz Fernando.

Ainda segundo Lackman, isso é importante para as marcas pois cria uma ação de marketing muito interessante. Elas começam a vender para uma clientela que depois de um dia de evento vão procurar pela loja nas redes sociais, vão procurar página, vão pedir cartão. As pessoas vão atrás de consumir mais dessa marca depois.” Enozor Junior concorda que o Picnik atrai um bom público para as marcas e que além de vender e ser uma vitrine única, o evento ainda gera empregos e incentiva a economia criativa.

Por Débora Oliveira

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