Viveiro Comunitário do Lago Norte distribui mudas em primeira visita

Projeto ensina que é preciso ter maior preocupação com o meio ambiente

O Viveiro Comunitário do Lago Norte, voltado também para toda a comunidade do Distrito Federal, é um espaço educador utilizado para o desenvolvimento de atividades ambientais e sociais da região. Existe uma regra a ser cumprida: qualquer pessoa que visita o local tem direito a levar para casa cinco mudas. Aquelas que desejam receber mudas acima desse número têm que contribuir com sementes, saquinhos, adubos ou alguma ferramenta para ajuda do viveiro.

Marcos diz que o viveiro tem um espírito de generosidade e confiança muito forte.

O viveiro surgiu da necessidade de um local para abrigar mudas a serem usadas no reflorestamento de áreas próximas a córregos e nascentes da região administrativa. A primeira etapa começou com um número entre 5 a 10 mil mudas. A ideia era cultivar e distribuir no período do Natal, mas perceberam que ali tinha uma riqueza e uma missão muito maior. Desde 2015 foram distribuídas 60 mil mudas e 15 mil plantadas em mutirão comunitário. A expectativa é que esse ano ultrapasse os 60 mil.

“Percebemos, com o passar do tempo, que a principal tarefa do viveiro é ser um espaço educador. Tudo isso tem um espírito de generosidade e confiança muito forte”, diz o ambientalista e administrador do Lago Norte, Marcos Woortmann.

Para além das espécies ornamentais e frutíferas, são cultivadas espécies do cerrado, como ipê amarelo, ingá, pequi, embaúba e outras que sejam atrativas para a fauna silvestre e adequadas para recuperação de nascentes e matas ciliares.

Cristiano foi um dos primeiros apoiadores da causa.

“Muitas pessoas, isoladamente, estavam querendo entrar em linha de plantio e o viveiro, que é hoje o berçário, proporcionou a unificação dessas pessoas por ser um evento saudável. Vemos crianças, jovens, adultos e velhos do Lago Norte, setor de mansões, Paranoá unidas em um só lugar”, avalia Cristiano Camargo, um dos voluntários e apoiadores do viveiro.

O viveiro recebeu no ano passado a visita de uma escola de São Paulo e foi tema do documentário feito pelo colégio, para que a partir da experiência eles pudessem reproduzir um viveiro na cidade. As oficinas pedagógicas, como plantio, beneficiamento de sementes e oficina de coleta, são oferecidas não só para grupos de escolas, mas para ambientalistas, grupos de igrejas e qualquer pessoa que queira conhecer e aprender.

Processo de produção
Elvécio Borges diz que a colaboração com a preservação das nascentes e da área verde é a chave mais importante do viveiro.

Os técnicos responsáveis pela produção vão a campo e fazem um levantamento das matrizes. Lá são recolhidas as mudas e levadas para o viveiro onde é feito o beneficiamento – processo de separação e preparação das sementes.

Elvécio Borges, 50 anos, foi viveirista coordenador do projeto São Bartolomeu Vivo e hoje é técnico responsável pela produção do viveiro. Para ele, a colaboração com a preservação das nascentes e da área verde é a chave mais importante do viveiro. “As pessoas procuram muito o ipê para o paisagismo e isso contribui para a vegetação. É de grande importância ilustrar que o viveiro é mantido praticamente pela comunidade”, finaliza.

O Viveiro Comunitário do Lago Norte está localizado na QL 06, próximo do Grupo de Escoteiros Lis do Lago e funciona das 8h às 16h. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (61) 3468-9400 ou acesse a página do Viveiro, no Facebook.

Por Diana Cardoso.

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