O grupo vendia vagas em concursos públicos, diplomas de cursos superiores e vagas em vestibular de medicina
A Promotoria de Justiça de Águas Claras ofereceu denúncia contra quatro pessoas pelos fatos apurados na Operação Panoptes. Os denunciados foram processados pelos crimes de organização criminosa, fraudes em certames de interesse público e falsificação de documento público.
A ação penal foi encaminhada à Vara Criminal e do Tribunal do Júri da cidade, nesta sexta-feira, 8 de setembro. As investigações continuam e possíveis fatos referentes a outros envolvidos poderão resultar em novas ações penais.
Operação Panoptes
A operação, batizada de Panoptes (referência ao monstro da mitologia que tinha 100 olhos), deflagrada em 21 de agosto, apura esquemas de fraudes em concursos públicos do Distrito Federal, ocorridas pelo menos nos últimos cinco anos. O grupo vendia vagas em concursos públicos, diplomas de cursos superiores e vagas em vestibular de medicina.
As investigações apontaram que as fraudes eram realizadas, geralmente, de quatro formas. Uma delas era a utilização de ponto eletrônico pelos candidatos, que recebiam as respostas por membros da organização criminosa, denominados “pilotos”, que seriam os responsáveis por fazer a prova e sair do local com as respostas. Outra forma de operação era a utilização de celular escondido no banheiro, com transmissão das respostas.
Também foi verificado o envolvimento de bancas organizadoras, que recebiam as folhas de resposta quase em branco e faziam o preenchimento de acordo com o gabarito oficial. Foi apurado, ainda, casos de outras pessoas que faziam a prova no lugar dos inscritos, com o uso de documentos falsificados.