Dr. Zacharias Calil é indicado ao Prêmio Nobel de Medicina


O Prêmio Nobel de Medicina em 2020 pode ter um representante goiano. O cirurgião pediátrico e deputado federal Zacharias Calil (DEM) foi indicado ao prêmio pela Câmara dos Deputados, com aval do Senado

O médico e deputado federal Zacharias Calil foi indicado pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados ao Prêmio Nobel de Medicina por seu trabalho no tratamento de doenças raras, como a separação de gêmeos siameses, síndrome do lobisomem e também pelo desenvolvimento de medicamento para tratar hemangiomas em crianças. Zacharias Calil é médico há mais de 38 anos e, com esta indicação, marca a história da Medicina do Estado por seu pioneirismo e tamanha relevância científica.

A iniciativa partiu da deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) e foi aprovada pela presidência da Câmara dos Deputados e Senado Federal. “Foi uma surpresa. É um sonho de qualquer profissional pesquisador e cientista. Só de ter a indicação, certamente é um marco em minha carreira e em minha vida. É motivo de orgulho, emoção e responsabilidade”, afirmou.

Zacharias Calil ressaltou ainda que as cirurgias de siameses só têm sucesso devido a uma equipe. “Não sou só eu, mas toda equipe tem que ser homenageada”, lembrou Zacharias, que permanece atendendo às segundas e sextas em Goiânia. A equipe já realizou 18 cirurgias de separação, a maior estatística mundial de uma equipe e de um hospital. Mais um caso está nas mãos da equipe de Zacharias Calil, com previsão de cirurgia para 2020.

Trajetória
Natural de Goiânia (GO), Zacharias Calil estudou Medicina na Universidade Federal de Goiás e, já formado, foi aprovado para residência médica no Hospital de Base, em Brasília (DF). Após a residência, voltou para Goiânia, onde atua até hoje no serviço público. É referência para casos de alta complexidade materna-infantil.

Nesse serviço, pode desenvolver seu interesse pelas pesquisas e possibilidade de realizar grandes cirurgias, algumas inéditas, como o caso de separação das gêmeas esquiópagas Larissa e Lorraine. Foi personagem de vários documentários em canais de televisão, como na Discovery Channel, entre outros em âmbito internacional. Também tem vários artigos médicos publicados em revistas indexadas.

Hoje, além de casos com gêmeos siameses, Calil também é conhecido por ter desenvolvido um medicamento para o tratamento de hemangiomas que se destaca pela eficiência e baixo efeito colateral. Disponibilizado no HMI a custo zero, permite a crianças portadoras desse mal retomar o convívio social, já que todo o tratamento é feito em instituição pública. O tratamento também oferece as aplicações a laser para finalização da recuperação. É o único no país a fazer isto.

Calil é membro da Fundação Birthmark, com sede em Nova York, da qual é referência para tratamento de hemangioma para América do Sul. Foi Superintendente da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, quando se dedicou a preservar, divulgar e desenvolver ações de apoio aos radiocidentados a fim de transformar a experiência do Césio 137 em aprendizado para as gerações futuras. Eleito deputado federal em 2018, foi o terceiro mais votado pelo Estado de Goiás, com mais de 151 mil votos.

A partir de agora, a indicação é analisada pelo Comitê Nobel da Suécia, com o prêmio sendo anunciado em outubro e a cerimônia em dezembro.

Em conversa com o Blog do PAULO MELO, o médico e pesquisador, se disse muito orgulhoso e citou nomes indicados anteriormente, como César Lattes e Carlos Chagas. “Nós desenvolvemos técnicas de cirurgia, patenteei um medicamento para redução de tumores benignos em crianças e adultos agora, como pesquisa.”, conta Zacharias, que afirma concorrer como médico, pesquisador e cientista.

O médico declarou que deve muito ao serviço público, onde “cresceu”, por esse reconhecimento. Além disso, como um ex-aluno da Universidade Federal de Goiás (UFG), Zacharias pediu atenção com a Universidade e espera que isso possa servir de exemplo para os estudantes da instituição.

Em publicação no Instagram, Zacharias afirmou que nunca imaginou, um dia, poder “representar o Brasil na disputa de um Prêmio Nobel de Medicina – a mais prestigiada condecoração da ciência, realizada pelo Instituto Karolinska, da Suécia”.


Edilayne Martins

"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida." (Bob Marley)

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