Como a maternidade inspira diariamente a atuação de Paula Belmonte na política


Maior responsabilidade. Mais empatia. Desejo de mudança. Essas são características que, certamente, gostaríamos de ver em todo o quadro de governantes e parlamentares do país

Foto: Pedro Paulo.

São, também, características da deputada federal, Paula Belmonte (Cidadania-DF), na política com quem a reportagem conversou disse ter se aguçado ao longo de suas experiências de maternidade.

Em seu primeiro mandato parlamentar e eleita com as bandeiras da infância/juventude e do empreendedorismo, a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), 46, gosta de afirmar, ao ser indagada sobre maternidade, que foi para a política "exatamente por ser mãe". E ela é mãe de seis filhos, com idades entre 24 e 2 anos.

A parlamentar e empresária, que até ser eleita havia trabalhado exclusivamente na iniciativa privada, contou que, após a volta de um período de quase nove anos morando na Inglaterra, com a família, retornou no começo de 2018 e começou a refletir sobre a candidatura. O mote: a experiência amarga da perda do quarto filho, em 2014, então com dois anos, em um acidente doméstico.

Ao retornar, foi conhecer a realidade de outras localidades do DF. "Fiquei muito impactada. Lembro que um dia, conversando com a [ex-atleta da seleção] Leila, do vôlei, que é muito minha amiga, comentei com ela sobre tantas crianças e jovens que vi sem saneamento básico e o quanto a passividade diante disso me assustou. Como ela ia se candidatar ao Senado com a bandeira do esporte, pensei: por que não sair junto, mas para deputada, com a bandeira da criança?", lembra. Ambas foram eleitas.

Indagada sobre a receptividade de uma deputada com seu perfil - empresária, neófita e mãe de seis —, Paula se mostrou pouco entusiasmada, por um lado, e, como diz, "desafiada", por outro. Isso porque, conforme a parlamentar, "a impressão que eu tenho, como cidadã e não só como mãe, é que, quando se traz infância e juventude à pauta como política séria, as pessoas não levam muito a sério. Já falei de assuntos como esses, e teve deputado que riu da minha cara."

Para os meses que seguem de mandato, a deputada espera reforçar a bandeira de empreendedorismo para falar também às mães. "Quando se fala de políticas para a criança, precisa tratar também das mães', resume.

Se já enfrentou preconceito de gênero na atividade parlamentar? "Sou uma pessoa que, se eu observo preconceito, isso serve como uma mola para ser ainda melhor. Se houve ou não, não é o meu foco, pois sei que há desafios ainda maiores pela frente". Por outro lado, admite que o Legislativo ainda é predominantemente masculino, embora haja "um grupo de mulheres fazendo a diferença".

"Homem é mais pragmático, a mulher tem um foco maior em questões de humanidade. Acho que esse é o complemento que a maternidade traz a nós", comentou Paula Belmonte.

Por UOL Ecoa - Edição de foto: Lucas Lima; Edição de texto: Adriana Terra; Reportagem: Janaina Garcia,

Edilayne Martins

"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida." (Bob Marley)

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