A voz feminina na hora de tomar grandes decisões na Saúde


Beatris Gautério, especialista em gestão pública, é a gestora que ocupa o cargo de secretária adjunta da Saúde


Beatris diz que as mulheres não são todas iguais, mas têm coisas em comum, além de serem a beleza do mundo – Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF.

Cargos de alta gestão comandados por mulheres têm se tornado algo cada vez mais comum e, dentro da Secretaria de Saúde, não é diferente. Hoje, a secretária adjunta da pasta é Beatris Gautério, especialista em Gestão Pública.

Enquanto secretária adjunta, ela tem como principal função auxiliar o secretário, Osnei Okumoto, na coordenação, controle das atividades, além de orientar e coordenar atividades delegadas por ele. É ela quem o substitui ou o representa em eventos ou reuniões oficiais durante seus afastamentos.

“Me sinto honrada em estar em tal posição. Noto que há alguns anos vem mudando a participação das mulheres em cargos de liderança. É uma evolução. Infelizmente vivemos em um país com muito preconceito contra as mulheres. Precisamos mudar essa imagem de que a mulher é frágil e incapaz. Diferente disso, a sensibilidade da mulher faz diferença na tomada de decisão”, afirma.

Segundo Beatris, trabalhar na gestão da Saúde é uma responsabilidade gigantesca por ter que lidar com todas as demandas, que já são grandes e aumentaram no cenário “catastrófico” da pandemia. “Penso que cuidar da saúde, do bem-estar emocional, da saúde mental das pessoas é fundamental. Sofro com as críticas, exposições e injustiças que a mídia tem aferido aos gestores e servidores da saúde. Estamos fazendo o possível e o impossível”, destaca.

A rotina de trabalho é extensa, em algumas vezes compromete até mesmo o final de semana. O tempo livre é para dividir com a família. Beatris é mãe de um menino de 5 anos e conta que conciliar as funções é sempre difícil. É uma procura constante pelo equilíbrio.

“Não abro mão de tomar café da manhã com meu marido e meu filho e, são raras às vezes em que falhamos. A divisão de tarefas com meu marido Rafael é crucial para que as coisas funcionem e para que o Miguel cresça com suporte e atenção. Também conto com o auxílio de dois anjos da guarda, Ediemi (mãe de quatro filhas) e Elizana (mãe de dois filhos, um menino e uma menina), que se dividem em dias alternados me auxiliando nas tarefas do lar e a manter a casa em pé”, revela.

Para o mês da Mulher, a secretária adjunta ressalta que as mulheres não são todas iguais, mas têm coisas em comum, além de serem a beleza do mundo.

“Somos batalhadoras, umas mais aguerridas do que outras, mas todas com suas guerras e lutas pessoais. Merecemos sorrir, chorar de alegria, merecemos respeito, admiração, compreensão e o mais importante, amor de todos que nos cercam. Carregamos no peito a tatuagem da força. Temos o poder de ser tudo aquilo que quisermos, basta lutarmos por isso”, finaliza.

Edilayne Martins

"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida." (Bob Marley)

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