Março Lilás lembra a importância da prevenção ao câncer do colo de útero


Mês de conscientização ao câncer de colo de útero incentiva o autocuidado e reforça a realização de exames preventivos para o bem-estar da mulher

  Foto: Manuel Bartsch (Pexels)

Outro mês destinado à saúde feminina, março se destaca por promover iniciativas sobre a conscientização e prevenção ao câncer de colo de útero. Parte dos diferentes tipos de cânceres ginecológicos, que lesionam o sistema reprodutor feminino, o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente no país, atingindo cerca de 16 mil mulheres só em 2020, de acordo com o INCA.

Segundo o ginecologista e diretor médico da Maternidade Brasília, Evandro Oliveira, o grande responsável pelo desenvolvimento desta neoplasia é o vírus HPV (Papilomavírus humano em português). Transmitido durante as relações sexuais com parceiros infectados, o vírus pode ser identificado por meio de exames preventivos, como o papanicolau, ou até mesmo visualmente, haja visto que a doença é caracterizada por pequenas verrugas na região íntima.

‘‘Quando diagnosticados ainda na fase inicial, os tumores causados por infecções do HPV podem ser eliminados devido a eficiência do tratamento. Nesses casos, as chances da paciente se curar são bastante altas, pois os exames e a imunização conseguem detectar lesões no colo do útero e impedir que o vírus evolua para câncer’’, explica o ginecologista.

Sendo assintomático na etapa inicial, o câncer uterino se manifesta quando o tumor já está em um estado avançado. Corrimentos anormais, dores abdominais causadas por problemas intestinais ou urinários e sangramento vaginal após relações sexuais são os sintomas mais comuns dessa fase, sendo necessário uma investigação para avaliar a extensão da doença e decidir pelo melhor tratamento que pode ser através da cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

De acordo com Evandro Oliveira, a prevenção é a melhor maneira de combater a doença. ‘‘É importante que as mulheres usem preservativos em relações sexuais, além de, periodicamente, realizar exames ginecológicos e se imunizar com a vacina do HPV, garantida a partir dos 9 anos’’, explica. O especialista finaliza ressaltando que, caso o tumor seja diagnosticado ainda no início, a cura pode ser de até 100%.

Vacina para o HPV
Desde 2014, a vacina tetravalente contra o HPV faz parte do calendário de vacinação do Ministério da Saúde. Em 2017, o órgão federal estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. O imunizante protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Segundo o INCA, os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Evandro Oliveira ainda esclarece que a vacinação não tem idade e pode ser feita mais de uma vez na vida. A imunização também pode ser encontrada na rede privada e deve ser aplicada com indicação médica.

Março Lilás
A campanha ‘‘Março Lilás’’ tem o intuito de conscientizar e combater o câncer de colo do útero, ajudando a população feminina a se sentir acolhida e orientada de maneira adequada. Durante todo o mês, o movimento ressalta a importância dos exames preventivos e da imunização contra a doença.

Apesar de não ter a definição exata de quando a data foi criada, o movimento vem ganhando forças ao longo do tempo e hoje é encarado com uma das maiores ações de sensibilização para a prevenção do câncer de colo de útero em todo o país.

Pollyana Cabral - Re9 Comunicação.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
Bio Caldo - Quit Alimentos
Canaã Telecom