Foto Nadezhda Morijak
Prevenção de câncer de colo de útero é uma das mais
efetivas
Diagnosticada
no exame preventivo de rotina, a doença é consequência de lesões que se agravam
a partir de infecções pelo vírus HPV, contra o qual já há vacina e tratamento
De
acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo de útero é o
terceiro tipo mais comum de neoplasia entre mulheres e a quarta maior causa de
morte por câncer no Brasil. Sua incidência é estimada em mais de 16 mil casos
por ano. Especialistas alertam que quanto mais precoce o diagnóstico maior é a
chance de cura, menos agressivo será o tratamento e menos sequelas ele vai
deixar. A detecção precoce da condição é feita de forma simples, por meio do
exame preventivo de Papanicolau.
O
ginecologista, obstetra e diretor médico da Maternidade Brasília, Evandro
Oliveira, explica que o câncer do colo do útero é uma decorrência da infecção
causada por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV). “A maior parte dos casos de infecção por esse
vírus não causa a doença. No entanto, os tipos oncogênicos do vírus provocam
alterações celulares que podem evoluir para o câncer. A boa notícia é que essas
alterações podem ser descobertas com bastante facilidade por meio do preventivo
(exame de Papanicolau) e podem ser tratadas e curadas na maioria das vezes.
Essa é a razão pela qual é fundamental manter o exame preventivo em dia”, alerta
o médico.
Também
conhecido como câncer cervical, esse tipo de tumor se desenvolve de forma lenta
e, normalmente, não apresenta sinais em sua fase inicial. Já em casos mais
avançados, o principal sintoma da doença é o sangramento vaginal acompanhado de
mau cheiro, inclusive após a relação sexual. “É uma doença de caráter
progressivo e praticamente assintomática no início, mas depois que os sintomas
começam, se define como uma doença avançada. Ela acomete primeiro o colo do
útero, a região anatômica do órgão que fica em contato com a vagina. Se houver
metástase – quando o câncer se dissemina além do local onde se originou –, ela
pode atingir a vagina, a bexiga e o reto, que são locais próximos ao útero, bem
como os pulmões, o intestino, o cérebro e os ossos, o que caracteriza a
metástase à distância", explica o Dr. Evandro Oliveira.
Além
da realização do exame preventivo anual, existem outras formas de evitar a
doença. A prevenção primária inclui evitar o contágio com o HPV, que ocorre por
meio de relações sexuais sem proteção. “A utilização de preservativos previne
todas as infecções sexualmente transmissíveis (IST), entre elas o HPV, que é o
grande responsável pelo surgimento do câncer de colo de útero. As formas de prevenção desse tipo de
câncer são duas: pela realização do exame de Papanicolau anualmente por
mulheres sexualmente ativas e pela vacinação contra o HPV”, pontua o
ginecologista.
O
tratamento da doença é indicado de acordo com a avaliação do médico e leva em
consideração as características da doença, como evolução, estágio, tamanho do
tumor e idade da paciente. Entre as opções de tratamento estão a cirurgia,
quimioterapia e radioterapia. O ginecologista reitera ainda que quanto mais
precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura e maior a possibilidade de
manter a fertilidade da paciente para a possibilidade de uma futura gestação.
Por
fim, vale destacar que a Maternidade Brasília, assim como o Hospital Brasília, conta
com o Núcleo de Cuidado Integral à Saúde da Mulher (NCISM) para oferecer
atendimento multidisciplinar por profissionais de diferentes especialidades,
como proctologia, ginecologia, nutrição, fisioterapia e psicologia. Para saber
mais, acesse o site: www.maternidadebrasilia.com.br
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