Governo de Goiás amplia adesão a programa mundial que monitora pacientes hipertensos

Ao todo, 36 municípios de todas as regiões do Estado vão receber o programa Hearts, da Organização Panamericana de Saúde. Objetivo da iniciativa é prevenir doenças cardiovasculares, responsáveis pelo maior número de mortes no Brasil

Foto: Pedro Santos.
 
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), ampliou a adesão ao programa Hearts, da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), voltado para monitoramento de pacientes hipertensos e prevenção de doenças cardiovasculares. Além dos 18 municípios contemplados no Ministério da Saúde, outros 18 também receberão a iniciativa, totalizando 36 cidades-piloto no Estado.

O anúncio foi feito pelo secretário da Saúde, Sandro Rodrigues, durante o Congresso Mundial de Cardiologia, no qual foi palestrante na sexta-feira (14/10), no Rio de Janeiro (RJ). "Temos a chance de fazer história como Estado que demonstrou interesse em trabalhar com a prevenção do risco cardiovascular, junto aos municípios goianos", disse. "Com esses 36 municípios, vamos chegar a todas as regiões do Estado", observou.
 
O objetivo principal é conhecer os aspectos da hipertensão no território, observando as particularidades de cada região e assim, atender os pacientes com mais qualidade, prevenindo agravos e agudização dos quadros. "A gente tem vontade política, expertise técnica e recursos pelas parcerias que temos estabelecido", completa Sandro.

O projeto será implantado pela SES-GO em parceria com a Opas, Universidade Federal de Goiás (UFG) e Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de Goiás (Cosems). Também tem a participação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Federação Mundial do Coração, além da possibilidade de parcerias público-privadas.

Hipertensão
A ação da Opas já foi implementada em 22 países no mundo, incluindo a América Latina, com foco na prevenção e principalmente assistência qualificada no intuito de diminuir agravos relativos à hipertensão. Engloba a capacitação de profissionais da Atenção Primária de Saúde (APS), o monitoramento de pacientes hipertensos com implantação de protocolos de aconselhamento de hábitos saudáveis de vida e o acesso a medicamentos, sempre considerando os aspectos territoriais.
 
No Estado de Goiás, a Iniciativa Hearts vem sendo implementada desde maio de 2022 com reuniões e elaboração de documentos junto à equipe Opas Brasil. No momento, um grupo estratégico de profissionais da SES e universidades está trabalhando na elaboração de protocolos assistenciais para implementação da iniciativa, abrangendo todas as regiões de saúde e preconizando municípios com 100% de cobertura da APS.

E ainda, numa parceria com a Liga de Hipertensão da UFG e o município de Inhumas, a SES apoiará o Projeto Legado que tem o objetivo de desenvolver modelos de gestão em saúde pública, com foco no cuidado cardiovascular de alta performance.

Congresso Mundial de Cardiologia
Durante o congresso, Sandro Rodrigues coordenou a mesa-redonda "Iniciativa Hearts: das Américas para os municípios brasileiros". "A participação em um evento desta magnitude, com o presidente da World Heart Federation, professor doutor Fausto Pinto, é extremamente importante para colocar Goiás no cenário mundial da cardiologia, com parceria de instituições de vários países e para que sejamos protagonistas para outros estados da Federação", afirmou o titular da SES-GO.
 
O secretário lembrou que a doença cardiovascular é um grande desafio, já que é a maior causa de morte no país. "Esse momento foi de pensar estratégias que trabalhem todo o atendimento na atenção primária de forma coordenada com a secundária e terciária. Aqui, neste congresso, um grupo de médicos especialistas está desenhando sistemas de saúde que atendam esses pacientes da melhor forma possível", explicou Sandro Rodrigues.
 
Segundo ele, a área cardiovascular ainda é um grande desafio para os estados, que não fazem esse atendimento primário, mas coordenam e dão suporte aos municípios. "Discutimos as barreiras, mas também as facilidades que temos no Brasil, até por ter um sistema capilarizado como Sistema Único de Saúde (SUS). É um modelo de êxito mundial na vacinação e pode repetir esse sucesso na área cardiovascular."

Edilayne Martins

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