Uso do Chat GPT como recurso educacional nas salas de aulas

 [14:00, 04/04/2023] Beatriz Bonfim: Professores do Uniceplac destacam a utilização criativa da ferramenta e importância da validação das informações obtidas pela IA 


A inteligência artificial está revolucionando o processo de aprendizado e desde que o Chat OpenAi foi lançado, em novembro de 2022, algumas dúvidas e questionamentos em torno do impacto da nova tecnologia nas salas de aula passaram a ser preocupações dos centros de ensino. Para os professores de matemática e pedagogia do Centro Universitário Apparecido dos Santos (Uniceplac), a IA pode ser uma aliada para otimizar a aprendizagem dos estudantes e trazer criatividade aos professores, mas é preciso ter cuidado ao usar a ferramenta.  


“Aliar o chat GPT ao ensino nas salas de aula pode trazer recursos mais criativos aos docentes, além de oferecer novas maneiras dos estudantes assimilarem os conteúdos aprendidos. Podemos utilizar a IA para criar resumo de textos longos e mais complexos. Para testar o conhecimento sobre um determinado assunto, os usuários podem pedir que a IA elabore quizzes e listas de exercícios, com base em um texto especificado como referência. Além disso, podemos exercitar a forma como construímos um texto personalizado para um determinado público, estruturando definições sobre um mesmo conceito para diferentes idades, por exemplo”, comenta a coordenadora do curso de pedagogia do Uniceplac, Eusiléa Severiano. 



Apesar dos benefícios obtidos com a nova tecnologia, a pedagoga reitera a necessidade de ter atenção a toda e qualquer informação retirada do bate-papo com a IA.  


“A letra “G” da nomenclatura GPT, refere-se a Generation, ou seja, é uma ferramenta voltada para gerar informações combinando o que já existe em formas novas. O robô tem o conhecimento sobre o que foi treinado, ou seja, pode não ser capaz de fornecer uma compreensão ampla, maior e mais profunda de um assunto”, comenta  


A inteligência artificial é elaborada através de um processo de aprendizado conhecido como treinamento de máquina, alimentado com grandes volumes de dados e um algoritmo ajustado para identificar padrões e relações entre as informações. Este processo permite que ferramenta faça previsões com base nas informações fornecidas.   


O professor de matemática do Uniceplac, Dalmo Rodrigues faz um alerta sobre a importância de validar as respostas obtidas pela ferramenta. “Por ser uma tecnologia implementada há pouco, não se pode saber ao certo de onde foram retiradas todas as informações. A base de dados de uma inteligência de máquina é elaborada a partir de diversas fontes, dessa forma, saber direcionar as perguntas, usando referências elaboradas trará respostas mais completas. É fundamental que os usuários entendam que a IA também está em constante aprendizado”, comenta. 


A forma como os internautas interagem com a inteligência de máquina diz muito sobre o teor e complexidade das respostas elaboradas pelo Chat GPT.  “À medida que o modelo é exposto a mais e mais dados, ele se torna mais preciso em suas previsões e começa a entender melhor a linguagem das conversas humanas. O ChatGPT é capaz de aprender continuamente e, assim, melhorar seu desempenho ao longo do tempo”, comenta o professor de matemática. 


A necessidade de validação e desenvolvimento de senso crítico para lidar com as informações acessadas na ferramenta é defendida pelo professor de matemática como sendo uma nova forma de ter participação ativa na obtenção do conhecimento. “A inteligência artificial possibilita uma nova forma dos seres humanos buscarem e criarem novos conhecimentos. A nova tecnologia modifica algumas estruturas e processos já conhecidos, por exemplo a formas de pesquisar, mas não anula a necessidade da participação ativa dos usuários para fomentar e indicar os caminhos do bate-papo.”, finaliza Dalmo Rodrigues. 


Eusiléa Severiano explica que o resultado da combinação de saber perguntar e validar as respostas auxilia no processo de aprendizagem dos seres humanos. "Não podemos criar uma dependência da tecnologia, atribuindo à inteligência artificial o caráter de saber sobre tudo. Unir o aprendizado de máquina com o nosso treinamento de validação e elaboração de perguntas é muito positivo para o refinamento do conhecimento dos seres humanos”, comenta. 


Ao usar a ferramenta, podemos perceber algumas diretrizes éticas na elaboração das respostas da inteligência de máquina. Para a coordenadora do curso de pedagogia do Uniceplac, apesar do cuidado de treinar a máquina com limites éticos, não garante apenas o bom uso da ferramenta.  


“Um dos aspectos do Chat GPT é o impedimento da inteligência artificial de responder questões antiéticas ou ilegais. Os usuários podem perguntar sobre qualquer coisa, mas dependendo da finalidade da pergunta a inteligência artificial não prossegue com as respostas. O fato é que ainda precisamos nos atentar e conscientizar a população sobre a forma de utilizar a IA. Dependendo de como se elabore os questionamentos, é possível ter respostas que levem para uma finalidade criminosa, por exemplo. O que é bastante perigoso”, finaliza.

[14:05, 04/04/2023] Beatriz Bonfim: Uniceplac inaugura clínica de oftalmologia para atendimento gratuito à comunidade


Além de auxiliar na demanda de saúde do DF, ambulatório permite a prática clínica dos estudantes


O Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac) acaba de inaugurar uma nova clínica de oftalmologia gratuita para a comunidade do Distrito Federal. Os atendimentos terão início em abril, com capacidade para até duzentos pacientes por mês, oferecendo prática clínica aos discentes de medicina.


"No próximo mês iniciaremos os serviços comunitários de oftalmologia e estimamos uma capacidade para atender até duzentos pacientes por mês, considerando os retornos. Inicialmente, teremos uma fase diagnóstica para avaliar não apenas como o serviço será prestado pelos médicos oftalmologistas, mas também pelos estudantes", comenta o coordenador do curso de medicina do Uniceplac, o médico pediatra Marco Antonio Alves. 


Embora a taxa de mortalidade por condições oculares seja baixa, as consequências de não tratar essas doenças podem ser graves. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, os problemas de visão em crianças e adolescentes aumentaram 70% nos últimos três anos, enquanto a Sociedade Brasileira de Oftalmologia relatou que 34% da população adulta nunca consultou um oftalmologista.


“A clínica oftalmológica é completa e detém equipamentos de alta tecnologia”, comenta o coordenador.  “Desenvolvemos uma clínica de alta qualidade. Os serviços oferecidos vão desde o atendimento de refração, que é o diagnóstico para o uso de óculos, até consultas de fundo de olho e a medição da pressão ocular. Além disso, a doutora Adriana Sobral é especialista em oftalmopediatria, e vai nos brindar com sua expertise para atendermos as crianças.”, finaliza.

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