Foto: Isis Aisha / SESI Lab
O SESI Lab inaugurou nesta quinta-feira a exposição Clima: O Novo Anormal, que segue em cartaz no museu até 14 de dezembro. O evento reuniu representantes da indústria, da academia e da diplomacia de diversos países. Os convidados conheceram em primeira mão a mostra que faz parte da Temporada França-Brasil 2025 e estimula o público a repensar a relação com o planeta diante da emergência climática global.
Brasília é a primeira cidade a receber a exposição, que estreará em Belém no dia 6 de novembro, como parte da COP30. Concebida originalmente pela Universcience e apresentada na Cité des Sciences et de l’Industrie, uma das mais importantes instituições científicas da Europa, localizada em Paris, Clima: O Novo Anormal tem direção artística do diretor, produtor e roteirista Fernando Meirelles.
Paulo Mól, diretor superintendente do Serviço Social da Indústria (SESI), destacou o papel de divulgação científica realizado pelo SESI Lab, “que tem impacto de longo prazo e certamente será determinante para a formação de cidadãos com maior capacidade de leitura do mundo”. “A exposição aborda os mecanismos de aquecimento e a maneira como nossa sociedade pode agir para termos um mundo habitável no horizonte de 2100. Convidamos o visitante a se questionar sobre suas práticas, abrindo perspectiva para pensar sua maneira de habitar o mundo”, afirmou Mól.
O embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, disse que os dois países trabalham juntos em desafios em comum, como a defesa da democracia, o combate à desinformação e o enfrentamento das mudanças climáticas.
“Pesquisadores e artistas franceses e brasileiros uniram forças para criar uma experiência imersiva, interativa e profundamente humana. Essa exposição não se limita a mostrar a urgência da situação: ela nos convida a refletir, compreender e, sobretudo, agir, lembrando que a crise climática não é uma abstração, mas uma realidade cotidiana”, disse Lenain. “Diante deste ‘novo anormal’, não temos mais o luxo da indiferença, temos o dever de agir com coragem, determinação e criatividade. Esta exposição é a prova: ciência e cultura juntas podem despertar a consciência para inspirar a mudança.”
Curador da Universcience, Adrien Stalter afirmou que a exposição trata do desafio da mudança climática e as soluções que teremos que implementar para mudar essa realidade. Já Tatiana Porto, diretora de Public Affairs da Sanofi, empresa que patrocina a exposição, ressaltou que esta é uma oportunidade única para termos esse diálogo e essa reflexão.
O “novo anormal” e a crise climática
Rejeitando o termo “novo normal”, a mostra adota o conceito de “novo anormal” para refletir sobre a naturalização dos eventos climáticos extremos, como secas, enchentes, queimadas e ondas de calor, que já fazem parte da vida cotidiana de milhões de pessoas no Brasil e no mundo.
A exposição propõe uma imersão sensorial e informativa por meio de instalações interativas, recursos audiovisuais e dados científicos atualizados, que explicam o impacto real do aquecimento global nas vidas humanas, na economia e no meio ambiente.
Em Brasília, Clima: O Novo Anormal ocupa o SESI Lab, museu de arte, ciência e tecnologia de Brasília. A mostra integra a programação do museu para o biênio 2025-2026, dedicada ao tema energia e transição energética.
